CIMTB Itaipava por Raiza Goulão
Muito bom voltar a competir no Brasil, em minha primeira prova do ano no País valendo pontos nos rankings internacionais, sendo a terceira em um período de um mês. Está sendo um início de temporada atípico para mim. Alguns imprevistos, como uma virose antes de viajar para competir duas provas na Argentina, em fevereiro, e agora uma lesão no antebraço esquerdo, há sete dias da abertura da Copa Internacional de MTB, em Petrópolis (RJ), que disputei no fim de semana.
Fiquei feliz por estar nesta competição, em contato pleno com os integrantes e demais membros da minha equipe, Corinthians Audax Bike Team. Sigo me acostumando com meus novos equipamentos, consciente de que leva um tempo para se adaptar 100%. Estar reunida com toda a turma, contando com o estafe presente, marketing e mecânicos, foi muito importante e me ajudou bastante.
Tenho ótimas lembranças de Petrópolis. Foi lá onde conquistei o primeiro de três títulos brasileiros na elite, em 2015. A pista este ano era bem mais veloz, não pela técnica em si, mas pela velocidade que você passava pelos obstáculos. Não era uma pista de força, ou seja, quanto mais você conseguia fluir, melhor seria a performance. Por isso, gostei bastante do desempenho do meu equipamento, pedalando minha Audax Auge 50.
Optei correr com a minha rígida, pelas subidas e pelo peso da bike, além de não ter obstáculos técnicos que necessitassem o uso da full suspension. Corri com os pneus Continental, com calibragem perfeita. Usei o Cross King na dianteira, 2.3, e o Race King na roda traseira, com calibragem intermediária. Nem muito cheio, nem com a calibragem baixa, devido a lesão no antebraço.
Usei meu canote retrátil, outra ótima escolha. Como já disse, foi uma prova atípica, porque nas partes que eu mais teria vantagens, por conta da técnica, devido a lesão (que fiz raio-x e nada foi detectado, mas ficaram algumas sequelas do tombo com uma micro lesão muscular, me impossibilitando de fazer força máxima no guidão) eu não tinha firmeza ideal e não estava 100%, o que desequilibra o corpo.
A cada dia de treinamento sentia mais desconforto, devido a vibração no braço ao passar pelos obstáculos da pista. Tive que fazer uma proteção e enfaixar o braço, para comprimir o local e suportar a dor durante a prova.
Confesso que foi uma prova que mexeu muito com o meu emocional. Estava de volta ao Brasil, com muitos amigos que há tempos eu não via e minha família Corinthians Audax, além da torcida do público brasileiro. Todos torcendo por mim. Fiz meu melhor, mas não foi o suficiente e necessário para o momento. Me emocionei e fiquei feliz, por todo apoio que recebi.
Finalizei em terceiro lugar e foi o melhor que pude fazer para minha realidade naquele momento. Agradeço a todos da minha equipe que estiveram presentes em Petrópolis e gostaria de parabenizar a Letícia Cândido, minha parceria de equipe que está andando muito bem, em plena evolução, e que durante a corrida pudemos nos ajudamos, e também parabenizo a campeã, Jaqueline Mourão. Agora o foco é total na recuperação, porque temos muitas provas pela frente no decorrer da temporada 2019.