Caso Froome: Greg LeMond não acredita na desculpa e pede punição
O ex-ciclista americano Greg LeMond, tricampeão do Tour de France (1986, 1989 e 1990) em recente entrevista exclusiva ao jornal britânico The Times,
fez duras críticas ao britânico Chris Froome, que testou positivo para salbutamol durante a Volta da Espanha do ano passado. Prova que teve o britânico como vencedor.
LeMond disse: - É a desculpa mais ridícula que já ouvi. Se isso é o que diz, ele ele quebrou as regras e deve ser punido -.
Ele ainda disse que Froome era o único responsável.
- O atleta tem a responsabilidade de seguir as regras. Chris Froome é responsável por aquilo que coloca no corpo. Ele sozinho é responsável. O pelotão depende de igual aplicação das regras para todos -.
LeMond mencionou a explicação de Froome, que disse que o positivo foi devido a uma dose excessiva de salbutamol por seus problemas de asma. - A falácia de que salbutamol não melhora o desempenho só é verdade se você usar o que eles têm prescrito. Tomado por via oral ou por injeção, atua como um anabolizante, semelhante ao clembuteriol, a substância para a qual Contador testou positivo - , disse ele LeMond.
A Agência Mundial AntiDoping (WADA) está de olho no caso Froome, enquanto aguarda a decisão da União Ciclística Internacional (UCI). O ex-presidente da WADA, Dick Pound disse que se a UCI não tomar medidas a Agência pode agir. - Se a UCI não impuser uma sanção neste caso, a WADA poderá intervir, podendo chegar no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) como último recurso -.
A sede do Tribunal Arbitral do Esporte fica na cidade de Lausanne, na Suíça, com cortes adicionais localizadas em Nova Iorque e Sydney, bem como nas cidades que sediam os Jogos Olímpicos durante a realização destes.
Em 1984, o tribunal foi criado pelo então presidente do Comitê Olímpico Internacional, Juan Antonio Samaranch, sendo um departamento da organização.
Em 1994, a Suprema Corte da Suíça recebeu um apelo contra o TAS, questionando sua imparcialidade quanto a questões relativas ao COI. A Corte estabeleceu que o TAS era um tribunal legítimo, porém recomendou uma maior independência em relação ao COI. O TAS então se separou do COI, tornando-se um tribunal independente.
O TAS regulamenta disputas entre partes que não estejam no mesmo país, como Comitês Olímpicos, o COI, federações esportivas, clubes, atletas.
Dentre os casos mais comuns, estão as disputas relativas às transferências internacionais de futebolistas e casos de doping.